O apelido popular vem da união do inglês drunk, “embriagado”, com o grego orexis, “apetite”. No Brasil, o transtorno também tem sido chamado de alcoorexia. Não importa a nomenclatura: o que está em jogo é o uso da bebida alcoólica como um subterfúgio para não engordar. “A drunkorexia pode se tratar de um quadro típico de anorexia, que engloba o desejo de perder cada vez mais peso, associado à dependência do álcool para obter saciedade ou até mesmo anestesiar o sofrimento”, diz o psiquiatra Alexandre Azevedo, do Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares (Ambulim), do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Embora o consumo do álcool e de outras drogas seja comum em 30% dos casos de transtornos alimentares, na drunkorexia a bebida ganha muito mais ênfase. “Nesse caso, não existe compulsão por comida, e sim por álcool, que fornece calorias”, diz a psiquiatra Maria Angélica Nunes, do Grupo de Estudo e Assistência em Transtornos Alimentares (Geata), em Porto Alegre. Por isso, deve-se tratar também a dependência alcoólica. Desnutrição, interrupção dos ciclos menstruais, osteoporose precoce e problemas no fígado são algumas das graves consequências da doença.
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