quinta-feira, 18 de março de 2010

Suplementos Vitamínicos



A alimentação é a principal fonte de micronutrientes. Em alguns casos, porém, os nutricionistas indicam o uso de complementos alimentares. Os suplementos vitamínicos, como são chamados, podem ser encontrados em diversas formas, como cápsulas, comprimidos, pós ou líquidos. São indicados para indivíduos que, por algum motivo, não conseguem ingerir a quantidade ideal de nutrientes por meio da dieta diária.
Os suplementos são as formas industrializadas dessas vitaminas e minerais. No entanto, NÃO substituem a dieta normal - os especialistas recomendam de 5 a 9 porções entre frutas, verduras e legumes. Segundo a professora do Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da USP, Sílvia Cozzolino, as quantidades dos micronutrientes nos suplementos alimentares geralmente são mínimas, mas é sempre bom optar pelos que apresentam menores quantidades. "A população adulta, na maioria das vezes, não tem refeições completas. Se a pessoa estiver precisando, suplementos vitamínicos com doses baixas vão fazer bem", afirma.
A ingestão de minerais deve ser feita com doses pequenas para evitar intoxicação. Os especialistas garantem que não engordam, pois não têm calorias, nem abrem o apetite. O contrário também não ocorre, eles não causam emagrecimento.
DEFICIÊNCIA
Os indivíduos que apresentam deficiência de micronutrientes não estão doentes, mas podem ficar. Por exemplo, a carência crônica de ferro, selênio e vitamina B12 estão relacionada à tristeza, melancolia, distração e pouca concentração. As mulheres na fase ativa, dos 20 aos 45 anos, costumam sofrer de deficiência nutricional devido à gestação e à atividade profissional. Uma preocupação para elas é a carência de cálcio. Elas são as mais atingidas pela osteoporose, doença crônica e degenerativa, causada pela dificuldade de retenção de cálcio pelo osso.
Embora não haja necessidade de prescrição médica para o uso de suplementos, sempre é bom fazer uma avaliação nutricional completa ou consultar seu médico antes de começar a fazer uso deles. No Brasil, os suplementos que não precisam de receita trazem recomendações de doses diárias dentro das faixas de segurança estabelecidas para vitaminas e minerais. (MMC)

(Estado de Minas 20/11/09

Alimentos em xeque


Promessas de melhora na saúde são questionadas!

Vinte anos depois da chegada ao mercado mundial de margarinas vitaminadas, iogurtes que prometem melhorar a flora intestinal e barras de cereais com antioxidantes, uma revisão científica em curso na União Européia coloca em dúvida os reais benefícios de alimentos industrializados que prometem melhorar a saúde.
A European Food Safety Authority aponta que 80% das afirmações de benefícios - chamadas alegações - examinadas até agora não apresentam evidências suficientes de que cumprem o que prometem, segundo dados do órgão regulador.
A falta de estudos clínicos (com seres humanos) que comprovem as alegações das embalagens tem sido o principal problema verificado nas revisões. Muitos dos produtos baseiam suas promessas - redução do colesterol e melhora da função intestinal, por exemplo - em pesquisas feitas com animais e pessoas doentes, e não com o público saudável. Nos EUA os industrializados que se dizem saudáveis estão na mira da FDA, agência que regula alimentos e remédios no país.
No Brasil, onde o mercado de produtos que prometem o bem estar ganhou força principalmente após 1999, quando foi regulamentado, todos os alimentos industrializados que alegam propriedades funcionais e/ou de saúde têm de ser avaliados e registrados na Anvisa. O número de alegações aprovadas pelas autoridades brasileiras é menor do que o existente na Europa.

Para mais informações: Estado de Minas 07/03/2010