TUBÉRCULOS SUPERPODEROSOS

Depois de incrementar refeições caseiras como um possível agente na prevenção da dengue, o inhame acaba de ganhar uma nova medalha. Justamente por ajudar a promover equilíbrio orgânico e a reforçar o sistema imunológico orgânico, o inhame pode, mesmo que indiretamente, ajudar a prevenir doenças como a dengue e até (por que não?) a melhorar o desempenho esportivo.

Segundo a nutricionista Ana Vládia Bandeira Moreira, duas rodelas de inhame cozido, pela manhã ou a tarde, podem ser usados diariamente na substituição de produtos à base de farinhas refinadas, oferecendo importantes benefícios ao organismo.

O inhame é rico em amido resistente. De digestão mais complexa, esse componente acaba funcionando, no organismo, como uma espécie de fibra que impede a elevação dos índices de glicemia no sangue. Além de controlar a glicemia, ele ainda ajuda a controlar taxas de colesterol e triglicérides. Segundo o nutricionista Edson Crédídio, o tubérculo pode ser classificado como um alimento funcional (capaz de prevenir doenças), também pode ser rico em antioxidantes, betacaroteno, vitaminas C e do complexo B, cálcio e fósforo.

Em termos medicinais, o inhame é considerado um poderoso depurativo do sangue. Ele fortalece o sistema imunológico e, nas mulheres, aumenta a fertilidade, já que contém fitoestrógenos (hormônios vegetais), importantes no climatério e menopausa. “Além disso, melhora acne, abcessos, previne doenças renais, auxilia na prevenção do câncer, desintoxica, melhora crises de gota, reumatismo e sinusite, entre outros males”, lista o especialista.

BATATA YACON:

Apelidada de batata diet, o alimento começa a se popularizar no Brasil justamente por apresentar ação antidiabética e contra a pressão alta. O mecanismo pelo qual ocorre o controle da glicose ainda não está claro. Uma hipótese seria o fato de a yacon armazenar reservas, não na forma de amido, mas de açúcares conhecidos como fruto-oligossacarídeos (FOS). De baixo teor calórico, mas sem perder o sabor doce, os FOS atuam como adoçantes naturais. Além disso, como todo alimento rico em fibras solúveis, a yacon torna a absorção da glicose mais lenta. Outra vantagem desse tubérculo seria a redução do colesterol da pressão arterial.

Forma de consumo: frita, in natura, na forma de saladas e sucos. Segundo Credídio, com um litro de água e uma colher de sopa das folhas moídas, faz-se um chá. Desidratadas, as raízes oferecem um salgadinho crocante.

Composição nutricional: são encontrados minerais básicos, carotenos e vitaminas A, B1, B2 e C.

“Componentes como fibras alimentares solúveis e prebióticos fazem dela um alimento especial. Devido à sua baixa digestibilidade pelas enzimas do trato gastrointestinal humano, a batata yacon promove estímulo seletivo do crescimento e atividade de bactérias intestinais promotoras da saúde”, avalia o especialista.

(Estado de Minas 23/08/09)

AJUDE SEU FILHO A SE ALIMENTAR!

Depois de 1 ano de vida, são vários os motivos que levam uma criança a parar de comer. Entre as influências comuns nessa fase da vida estão a desaceleração do crescimento, que diminui o apetite; a capacidade gástrica limitada, porque crianças pequenas têm estômagos pequenos; e a troca da dentição, que pode ser causada por desconforto na hora de mastigar. Influências externas também podem determinar um comportamento repulsivo pelos alimentos porque os hábitos da família têm enorme peso nas decisões da criança. O momento de comer, segundo Mauro Fisberg, acaba sendo usado como uma maneira de chamar atenção, de mostrar capacidade de decidir por si e até mesmo negociar com os pais. “A refeição é um campo de batalha natural para a criança, a primeira oportunidade de experimentar independência.”

CONFIRA AS DICAS DO ESPECIALISTA

Crie uma alimentação que incentive o apetite, vale apostar em pratos coloridos e com comidas enfeitadas.

Ofereça alimentos adequados a cada idade.

Ofereça frutas, verduras e legumes em todas as refeições.

Sirva os mesmos alimentos com diferentes apresentações e texturas (cozido, frito, assado).

Introduza novos alimentos sistematicamente.

Limite o consumo de líquidos durante a refeição.

Liste as preferências da criança e, toda semana, acrescente dois tipos diferentes de comida com textura semelhante ao grupo original.

Diminua a preparação das comidas favoritas da criança.

Sente a criança à mesa com as outras pessoas da família.

Evite distração durante a refeição, não use truques, engane ou suborne a criança para comer.

Incentive a alimentação independente.

Adote uma atitude neutra diante das refeições e do mau comportamento à mesa.

Tolere, com moderação, a bagunça com a comida, apropriada para a idade.

Limite a duração das refeições.

Ofereça pequenas quantidades de comida para não desencorajar a criança a comer.

Respeite períodos de pouco apetite e preferências alimentares.

(Estado de Minas – 29/11/09)

Combate à obesidade infantil exige a participação familiar

Os pais estão atarefados. O fast-food é barato e fácil (e as crianças adoram). A tecnologia pode ajudar a manter as crianças sedentárias. Os canais infantis na TV trazem propaganda de biscoitos, salgadinhos, doces, refrigerantes, hambúrgueres e batatas fritas.

PROBLEMA CARO: as crianças acima do peso correm o risco de desenvolver problemas de saúde caros e dispendiosos que antigamente estavam restritos a adultos de meia idade, como diabetes tipo 2 e doenças cardíacas. As pessoas com sobrepeso costumam ter mais doenças crônicas, que requerem atenção médica mais intensa.

PARTICIPAÇÃO: “Sem a ajuda dos pais, o desenvolvimento da criança está fadado ao fracasso”. Não adianta dizer a uma criança que ela só pode tomar um refrigerante por dia se a geladeira tem várias garrafas.

“A maioria das crianças reage bem à mudança, contanto que ela não veja isso como uma punição. Se você explicar que comer melhor e fazer mais exercícios darão mais força física e diminuirão as visitas ao médico, a criança realmente abraçará o plano de vida saudável”.

10 ERROS QUE NÃO DEVEMOS COMETER NA EDUCAÇÃO ALIMENTAR DE UMA CRIANÇA:

1) Dar tudo o que quer.

2) Lanches fora de hora.

3) Oferecer comida como recompensa.

4) Ameaçar castigos para quem não come.

5) Brincadeiras na mesa.

6) Ceder ao primeiro “Não gosto disso”.

7) Substituir refeições.

8) Supervalorizar uma ida à lanchonete.

9) Servir sempre a mesma comida.

10) Não dar o exemplo.

(Pampulha 20 a 26 de março de 2010)