segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ração humana - Mistura Perigosa

Muitas pessoas ainda me questionam sobre o consumo da ração humana. Sendo assim, achei interessante publicar algumas informações ao seu respeito.

Especialistas estão preocupados com o uso indiscriminado da ração humana.

Ração humana: são cerca de 10 ingredientes, todos em pó natural: fibra de trigo, soja, aveia, gérmen de trigo, quinua, linhaça, gergelim, levedo de cerveja, guaraná e açúcar mascavo. Em algumas preparações, há quem misture colágeno, pó de maracujá e cacau.

Vale lembrar que a ração humana, não é padronizada. Cuidado com alguns dos seus ingredientes: o guaraná em pó pode causar irritabilidade, insônia ou taquicardia, não podendo ser usado por gestantes ou pessoas com gastrite e úlcera estomacal. O levedo de cerveja pode aumentar o apetite e a soja deve ser excluída em caso de intolerância.

Segundo a nutricionista Alice Carvalhais, a aveia, que contém glúten é contra indicada para celíacos e o açúcar mascavo, não pode ser usado por diabéticos. A quinua, só pode ser usada com indicações para pacientes renais. Quem tem alergia à linhaça ou síndrome do intestino irritável também pode sofrer com efeitos colaterais como dores de cabeça e aumento das idas ao banheiro.

De acordo com a nutricionista Josefina Bressan, coordenadora do Laboratório de Metabolismo Energético e de Composição Corporal da UFV, a ração não passa de um modismo. Apesar dos bons ingredientes, ela alerta que as quantidades indicadas – duas colheres de sopa – não produzem os efeitos nutracêuticos esperados para prevenir doenças. Mais de duas colheres podem fazer o alimento ficar calórico demais e, em vez de emagrecer, levar a pessoa a ganhar peso. “Além disso, não é conhecida a forma como os ingredientes da mistura reagem quando são ingeridos juntos. Pode haver interações perigosas no que diz respeito à biodisponibilidade dos nutrientes, alerta”.

Uma pessoa que come todos os tipos de alimentos e tem uma alimentação equilibrada, não precisa de nenhum tipo de suplemento.



Fonte: Jornal Estado de Minas, 14 de março de 2010
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