terça-feira, 17 de maio de 2011

ANOREXIA NA GRAVIDEZ




Ei pessoal achei muito interessante essa reportagem. Com os casos de transtornos alimentares cada vez mais freqüentes, precisamos ficar atentos e tomarmos as providências necessárias a tempo.

Um novo tipo de transtorno alimentar está assustando os especialistas. A PREGOREXIA, uma variante da anorexia, acomete mulheres grávidas que, com medo de ganhar peso na gestação, se alimentam de maneira insuficiente e usam estratégias para emagrecer como o uso de laxantes e prática excessiva de atividade física.

É importante lembrar que durante o período da gestação, a restrição de calorias no plano alimentar, pode prejudicar a saúde da mãe e do bebê.

Segundo a nutróloga, Maria Del Rosário, diretora da Abran, a pregorexia é um comportamento de alto risco e cada vez mais comum em mulheres grávidas.
O transtorno costuma aparecer em mulheres jovens que já apresentavam outros transtornos antes de engravidarem e o medo, na pregorexia, fica ainda mais intenso porque o ganho de peso, pelo menos em condições normais, é constante.
Complicações possíveis:
  • Devido à falta de nutrientes, ocorre o aumento da incidência de nascimentos prematuros e crescimento fetal restrito;
  • Risco maior de mortalidade materna;
  • Grávidas que já tiveram transtorno alimentar podem ter outros problemas graves:
  • Complicações cardiológicas;
  • Digestivas;
  • Endócrinas;
  • Hematológicas;
  • Ósseas.
O indício de que o comportamento da grávida está anormal é o baixo ganho de peso e desenvolvimento lento do feto.

Segundo Rosário, quanto antes for diagnosticado o quadro, maiores as chances de recuperação. Ela destaca que a avaliação e o tratamento, com o diagnóstico das deficiências de nutrientes, vitaminas e minerais, são fundamentais para adequar o ganho de peso durante a gravidez, de acordo com as características de cada grávida.

Podem causar conseqüências graves à saúde durante a gravidez: dietas da moda, planos de exercícios físicos exagerados e sem acompanhamento médico.
ALIMENTAÇÃO:
Durante a gravidez, o corpo diminui a produção de colágeno. Entretanto, se a gestante tem uma alimentação saudável e faz atividade física, a musculatura se fortalece.

Folhas verdes, feijão, grão-de-bico, brócolis, espinafre, cenoura, laranja e banana não devem faltar no prato da grávida. Esses alimentos contêm ácido fólico, que previne anomalias cardíacas e diminui a chance de malformação no cérebro do bebê. Para as mães, o ácido fólico ajuda a evitar a anemia e infecções durante a gravidez.

O uso de aspartame na gestação é discutido por causa de sua exposição fetal ao ácido aspártico, fenilalanina e metanol, podendo prejudicar o crescimento, peso ou causar distúrbios neurológicos no feto.
De forma geral, não é recomendado o uso excessivo/abusivo de adoçantes, por isso utilize-os somente quando realmente for necessário, ou então prefira o açúcar light.

Evite dietas para emagrecer, carnes cruas ou malpassadas, que podem transmitir toxoplasmose.

A obesidade depois da gravidez é um problema muito sério. Cerca de 45% das mulheres obesas no mundo inteiro ganharam peso extra após a gravidez.

O ganho ideal de peso varia de mulher para mulher, mas deve ficar entre 8 kg e 13 kg. O peso inclui o do bebê, da placenta, dos líquidos retidos e, principalmente, dos nutrientes acumulados para o uso durante a amamentação. As mulheres devem perder a metade do peso ganho em até seis meses após o parto, e o total do peso ganho deve ser perdido em até dois anos.

A amamentação é a grande fonte de perda de peso para a grávida. A mulher que amamenta perde de 400 a 500 calorias por dia, o que equivale à quantidade de calorias perdidas em mais de uma hora de exercícios aeróbicos.

SAIBA MAIS!
Quanto deve engordar uma mulher grávida, segundo a Associação Brasileira de Nutrologia, conforme o peso antes da gravidez:
BAIXO PESO: entre 12,5 kg e 18,0 kg
PESO ADEQUADO: entre 11,5 kg e 16,0 kg
SOBREPESO: entre 7,0 kg e 11,5 kg
OBESIDADE: 7,0 kg


Fonte: Jornal Estado de Minas, 10 de Outubro de 2010

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